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Acidente no Metrô Rio revela condições precárias para pessoas com deficiência Na quinta-feira, dia 22 de novembro, a estagiária do IBDD Viviane Aleluia que cursa Gestão de Recursos Humanos na Universidade Estácio de Sá e tem paralisia cerebral, sofreu lesão grave na perna esquerda, quando foi empurrada para fora de um vagão lotado na Estação Carioca. Por suas dificuldades motoras, ela perdeu o equilíbrio e seu pé entrou no vão entre a plataforma e o trem, fazendo com que toda sua perna ficasse presa nesse espaço. Ouvida pelo Instituto, a concessionária justifica-se: - “Orientamos a todos os usuários, através da sonorização das estações e no interior dos trens, sobre as regras de comportamento durante a viagem”, atribuindo à “conduta inadequada de alguns passageiros” e ao “fluxo intenso em horários de pico” a responsabilidade pelo acidente. Foram os passageiros que puxaram Viviane para dentro do vagão e acionaram o botão de emergência para que o condutor parasse o trem – o que foi feito na estação seguinte, Cinelândia. Só então um segurança do Metrô a atendeu e, após colocá-la sentada em uma cadeira de rodas, a conduziu para uma sala de repouso através da escada rolante, meio totalmente inadequado para o transporte em cadeira de rodas. Segundo a assessoria do Metrô Rio, “nossos agentes de segurança possuem formação em primeiros socorros e são habilitados a prestar atendimento básico”, mas Viviane não pôde ter esse atendimento na estação porque não havia agente feminina e segundo o segurança “só uma mulher poderia ver o hematoma na região da coxa,” denuncia Viviane. Ela foi então conduzida, em carro da concessionária, para o Hospital Casa de Portugal no Rio Comprido, onde recebeu os primeiros socorros e foi medicada. “Utilizar os transportes públicos no Rio de Janeiro é sempre uma tarefa muito difícil. No caso do metrô, além da falta de preparo dos funcionários e das estações sem elevadores, o vão e o desnível entre o trem e a plataforma é enorme, inadequado para o acesso das pessoas com dificuldades de locomoção”, protesta Viviane. “A falta de acessibilidade e a desatenção com que são tratadas as necessidades básicas das pessoas com deficiência nos transportes públicos é um absurdo no Rio de Janeiro. O acidente com a Vivi é uma amostra das barreiras por elas enfrentadas cotidianamente, em especial nos horários de pico” declara Teresa Amaral, superintendente do IBDD. |
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Estação do metrô em horário de pico |
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