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"Se os meus olhos não me deixam obter informações sobre homens e eventos, sobre idéias e doutrinas, terei de encontrar outra forma.". É o que escreveu Louis Braille, quando criança, em seu diário. Aos três anos, através de uma infecção causada por um ferimento no olho esquerdo- quando brincava com uma ferramenta do pai- o menino sofre perda total de visão. A “outra forma” encontrada pelo jovem francês foi a criação do mais importante método de comunicação para cegos: o Sistema Braille, marco inicial da acessibilidade e inclusão para pessoas portadoras de deficiência visual. Para comemorar os 200 anos de nascimento do criador desse genial sistema de escrita e leitura, a Organização Nacional dos Cegos do Brasil(ONCB) promoveu, nos dias 24 e 25, em Brasília, o Seminário Brasileiro em Comemoração ao Bicentenário de Nascimento de Louis Braille. Foram mais de 350 representantes das entidades filiadas, órgãos do Governo, ONGs, empresas privadas e organismos internacionais. Num clima de homenagens a pessoas e organizações que lutam pela difusão do sistema Braille no país, foram realizados palestras e debates sobre as políticas voltadas para acessibilidade e cidadania das pessoas com deficiência visual. - Considerando que o sistema Braille é fundamental e necessário na formação educacional, cultural, social e profissional das pessoas cegas, um Seminário Nacional para discutir assuntos relacionados a este tema é de elevada importância para a construção de um país mais justo e solidário- declara Antônio Ferreira, presidente da ONCB.

Durante o seminário, críticas foram feitas às políticas de inclusão do Ministério da Educação, que dificultam a promoção da acessibilidade ao livro didático em Braille e às novas tecnologias para a pessoa com deficiência visual.

-- Um evento desta natureza contribui para o fortalecimento do nosso movimento. A participação de tantas entidades, a presença das autoridades, o altíssimo nível das palestras e das discussões, dão o sinal claro de que estamos no caminho certo para aconstrução da cidadania e o empoderamento da nossa gente. A digitalização é importante, inquestionável e irreversível, mas não se pode esquecer que é através do tato que o cego pode aprender a grafia correta das palavras.- afirma Marcio Aguiar, presidente do Conselho Municipal da Pessoa com Deficiência de Niterói e vice-presidente da Rehabilitation International (RI).

Em sintonia com as reivindicações de militantes e organizações, foi aprovado durante o evento a "Carta de Brasília", manifesto que exalta a necessidade de projetos e políticas públicas para dignidade e cidadania das pessoas cegas e com baixa visão.

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